segunda-feira, 2 de junho de 2008

6 + 5 = 11?


A FIFA, entidade reguladora do futebol, a nível mundial, aprovou no passado dia 30 de Maio, a chamada regra do ‘6+5’. Resumidamente, esta regra, com um prazo de aplicação de 4 anos (ou seja estará em vigor na época 2012/2013), estipula que, as equipas só poderão ter no seu onze cinco jogadores estrangeiros (podendo ter os que pretender no plantel). Politicamente, esta decisão já encontrou choque ao nível da Comissão Europeia que considera que a proposta aprovada é contrária aos princípios da livre circulação. Políticas à parte, vamos analisar isto no que diz respeito a transferências e ao futebol propriamente dito.

Os efeitos desta lei, sejamos sinceros, não se vão sentir já, nem sequer para o ano, mas certos dirigentes com maior noção e projecção do chamado ‘longo prazo’, começam a inverter a tendência na aquisição de jogadores. Que dizer do regresso do Zambrotta a Itália? De Piqué ao Barcelona? Da possível transferência de Grosso para Itália outra vez? Serão meras transferências? Ou reflectem uma outra e nova maneira de estar no mercado? É óbvio que, a aposta numa formação de qualidade trará os seus frutos aos clubes, quer a nível financeiro, quer a nível de qualidade do plantel, mas o que fazer com tantos activos de outros países? Será um autêntico desastre negocial, com jogadores a saldo. É claro que não posso prever o que irá acontecer, mas é muito provável que algo semelhante aconteça. Por exemplo, a F.A (Associação de Futebol Inglesa), aprovou esta lei sem olhar para trás pois, já promove a defesa dos jogadores ingleses há muito tempo, restringindo, por exemplo, as contratações que não acrescentam qualidade à Premier League (recordem-se do caso do Anderson, que apesar do valor gasto pelo Manchester teve que ser chamado à selecção para as barreiras se quebrarem completamente).

Concretizando à realidade Portuguesa (vejam este site que mostra o balanço do ano passado a nível transferências): a maior parte dos nossos jogadores de topo, passam aqui no país apenas alguns anos da sua carreira, sendo que são pescados logo pelos grandes clubes da Europa, sem que haja nada a fazer, pois não podemos competir com as liberdades fiscais e os salários que lhes são oferecidos noutros países (vejam o Ricardo que saiu de um clube que luta pelo título para outro que luta pela manutenção). A aposta na formação (temos tantos jogadores mal aproveitados, pois os empresários e os fundos de jogadores dominam o mercado e precisam de lavar dinheiro a toda a hora) é o caminho a seguir, mas penso que o país futebolístico sofrerá nos primeiros tempos desta lei.

Não creio que este ano esta ‘lei’ tenha algum efeito notório em Portugal, pois funcionamos muito em torno do imediatismo mas, os Zés Castro e Manuéis da Costa e tantos outros, podem estar a um passo de regressar e, perdooem-me a parcialidade, não me importo mesmo nada com isso.

Estejam à vontade para comentar, é apenas uma opinião.

2 comentários:

Unknown disse...

Porto fora da Champions assegura o Blog "Fórum Benfica":

http://forumbenfica.blogspot.com/2008/06/porto-excluido-da-champions.html

Anónimo disse...

BenficaEagle,


Sobre o FCP fora da Champions, há que DIVULGAR E DENUNCIAR os comportamentos que estão no rescaldo desse tema:

Chico Espertices da FPF:
http://geracaobenfica.blogspot.com/2008/06/denunciar-preciso.html

e
Perigo para quem trabalhou para que se fizesse justiça:
http://geracaobenfica.blogspot.com/2008/06/denuncia-parte-ii.html